segunda-feira, 1 de março de 2010

A minha experiência de mobilidade


Eu sou o único membro da minha família que abandonou a nossa terra, Angola. Vim em regime de transferência, destacada, para Lisboa, para os serviços da Força Aérea Portuguesa. Quando cheguei senti uma grande mudança no clima, e na forma de viver das pessoas, pois achei este povo Português um pouco frio e triste pela situação de guerra havia muitas pessoas revoltadas com o 25 de Abril, principalmente as pessoas vindas das ex-colónias. Foi uma década muito difícil para todos nós. Foi uma situação muito difícil para mim, deixei a minha casa à família. E vim começar a vida do zero. Trouxe a minha filha que na altura tinha quatro meses de idade e tive que criá-la e educa-la sozinha sem qualquer apoio. Entanto, ao longo de trinta e quatro anos em Portugal, continuando a viver na mesma cidade, verifico que houve muitas alterações nível económico, social, politico e sobretudo hoje em dia três décadas e méis depois de minha chegada verifico que me integrei bem na sociedade portuguesa, porque não havia muita deferência com a cultura e com a língua, havia uma boa relação entre os angolanos e os portugueses em Angola.
Tive uma vivência de liberdade e estabilidade. Sinto-me Lisboeta, mas continuo com a minha alma Angolana e pretendo visitar ou viver na minha terra brevemente.

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